#paracegover #paratodosverem 👁 Punho cerrado feminino erguido no ar: paralelamente, alusão ao símbolo do gênero feminino, contando com um círculo em volta do punho e, na altura do antebraço, há uma linha que forma uma cruz em alusão ao símbolo do gênero feminino.
Nossa homenagem vai além do agradecimento: é reflexão, atitude e empoderamento
A pandemia de COVID-19 atingiu de forma muito mais dura as mulheres do que os homens em geral por conta da dupla jornada: conciliar trabalho e cuidar de casa e dos filhos.
As mulheres majoritariamente são responsáveis pela maior parte ou todas as tarefas domésticas e educação dos filhos, o que fez com que muitas abandonassem o trabalho principalmente para poder cuidar dos filhos, visto que escolas e creches fecharam.
O gênero feminino exerce uma maioria de cargos nos setores mais afetados na pandemia (principalmente as mulheres negras) e vive o maior recuo nos últimos 30 anos de taxa de empregabilidade: são mais mulheres fora do mercado de trabalho do que dentro em nosso país.
As mulheres ainda sofreram mais com doenças mentais no último ano (cerca de 40,5% das mulheres sofreram de depressão em 2020) e vivem uma triste realidade estatística que afetou a todas no período de pandemia com a explosão de casos de violência doméstica e feminicídios.
Reflexão
É preciso refletir sobre esses números e diferenças de gênero no Brasil.
O que pode ser feito? O que está sendo feito?
A violência e desigualdade brutal de gênero começa em pequenos preconceitos, muitas vezes disfarçados de piada.
Acreditamos que toda mulher deve ter o direito de andar na rua sem medo de ser constrangida ou assediada.
Acreditamos que as mulheres devem se sentir respeitadas e levadas a sério em uma reunião na empresa ou numa conversa entre amigos sobre futebol.
Acreditamos que as mulheres devem ser lembradas mais pelo seu talento e menos por sua aparência física.
Acreditamos que a mulher deve decidir em que lugar deve estar e o que ela será: se serão empresárias, donas de casa, engenheiras, arquitetas, mecânicas, astronautas, etc.
Acreditamos que as mulheres devem ter o direito de se relacionar com homens sem medo de sofrerem qualquer tipo de violência.
Mulheres que devem ser lembradas
#paracegover #paratodosverem 👁 Ester Sabino (esquerda) e Jaqueline Goes de Jesus (USP Imagens e Fapesp/Reprodução)
Relembramos: duas mulheres brasileiras lideraram o grupo que sequenciou genoma do Coronavírus em tempo recorde de 2 dias
O genoma corresponde a todas as informações hereditárias do vírus que estão codificadas em seu DNA.
A média para o sequenciamento de genomas em outros países é de 15 dias.
Mas a equipe das cientistas brasileiras Ester Sabino e Jaqueline Goes de Jesus, foram necessários apenas 2 dias para fazer o trabalho.
Ester é diretora do Centro Conjunto Brasil-Reino Unido para Descoberta, Diagnóstico, Genômica e Epidemiologia de Arbovírus (Cadde), este que estuda em tempo real epidemias de arboviroses (vírus que se hospedam em insetos ou aracnídeos), como dengue e Zika.
Jaqueline, por sua vez, é pós-doutoranda na Faculdade de Medicina da USP e bolsista da FAPESP e responsável pela coordenação e liderança da equipe que fez o sequenciamento do genoma ao lado de Claudio Tavares Sacchi, responsável pelo Laboratório Estratégico do Instituto Adolfo Lutz.
“Ao sequenciá-lo, ficamos mais perto de saber a origem da epidemia. Sabemos que o único caso confirmado no Brasil veio da Itália, contudo, os italianos ainda não sabem a origem do surto, pois ainda não fizeram o sequenciamento de suas amostras. Não têm ideia de quem é o paciente zero e não sabem se ele veio diretamente da China ou passou por outro país antes”
Ester Sabino, diretora do Instituto de Medicina Tropical (IMT) da USP, disse em entrevista à Agência Fapesp
O objetivo do trabalho realizado neste instituto é achar respostas que auxiliem no desenvolvimento de diagnósticos e o desenvolvimento de vacinas para os serviços de saúde.
A equipe de Ester Sabino agiu rapidamente ao ter conhecimento dos primeiros casos na Itália e utilizou a tecnologia de sequenciamento de genôma MiniOn, utilizada no monitoramento dos vírus Zika nas Américas.
O sequenciamento do genoma tem uma enorme importância para o controle do coronavírus no Brasil, porque trouxe informações importantíssimas para que o ministério da saúde se antecipasse no controle e prevenção do COVID-19 no país.
A Inova parabeniza às mulheres inteligentes e competentes Ester Sabino e Jaqueline Goes de Jesus e tantas outras trabalhadoras que lutam contra a COVID-19.
Nosso apoio e admiração por todas que lutam diariamente por respeito e equidade e ainda proporcionam carinho, amor e riquezas materiais ou não para suas famílias e toda a sociedade.
Atitude e empoderamento
A Inova tem como marca a força e a sensibilidade de mulheres nas grandes tomadas de decisão da empresa.
Isso porque, dos três principais sócios, duas são mulheres, algo incomum no meio empresarial em que os homens ocupam os cargos mais altos das empresas e possuem maior influência sobre os rumos dela.
Além de nossa equipe ser uma amostra de empoderamento feminino, representa nossa contribuição para tornarmos o mundo mais justo através da equidade entre gêneros.
Também realizamos campanhas nos condomínios contra a violência doméstica através de comunicados periódicos.
Sabemos que ainda há um longo caminho pela frente, mas temos certeza de que nosso apoio a esta causa é um pequeno passo para fazermos do mundo um lugar em que homens e mulheres vivam de forma mais igualitária.
